sábado, 14 de fevereiro de 2009

Quem me avisou?
Quem me disse que seria tão difícil?
Quem escolheu por mim?
Quem decidiu que eu deveria carregar esse fardo
De ser eu e não ser outro
De nascer e renascer a cada nota musical
De morrer e viver com a emoção escorrendo pelos olhos
Pela fala, pelos braços, mãos, pés
E um corpo inteiro no mesmo ritmo da pulsação que sangra
Sou viva, tenho vida
Tenho espera, tenho pressa, tenho encontros
E despedidas
Daqui a uma hora, daqui a dias
Meses, anos, décadas
Me afundarei profundamente a cada dia
Na árdua tarefa de ser eu.

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