Ela não sabia o que fazer e decidiu esperar. Queria tomar um café. Tomou. Tornou a esperar. Levantou e olhou a janela do 7º andar. Pensou que seria engraçada a sensação de se jogar dalí de cima. Mas logo começou a rezar para que essas idéias não viessem mais à sua mente, afinal, adorava estar viva e sentir-se viva, coisa que acontecia raramente, mas ainda assim, valia à pena. Rezava e acreditava em cada palavra que falava. E lembrou que em segundos atrás, resolveu esperar. Sentou. Levantou. Tornou a sentar. Imaginou como seria se ela dispusesse de um carro agora. "Hum, eu não perderia tempo". Resolveu não perder mesmo e foi até o seu guarda-roupa pegar uma caixinha cor-de-rosa de porcelana. Segurou aquele papel, abriu, olhou. Pensou. Daí ligou. "Oi, tudo bem, o que tem feito"... Ouviu um "saudade" do outro lado da linha. Sorriu. "Saudade também". E para encurtar prosa, em uma hora ele estaria alí, ao seu lado, nos seus braços novamente. Sentia o corpo tremer. Depois não conseguia sentir mais nada, e nem pensar também. Passou roupa e perfume, escolheu brinco e sapato, e logo estava pronta para encenar uma das suas personagens mais instáveis e fiéis à sua própria vida.
É sempre bom quando é natural assim.
ResponderExcluirParece que tudo se encaixa.
Uma ligação.
Ambos dispostos.
A saudade imperando...
É massa!
Beijos, meu bem.