quarta-feira, 14 de julho de 2010


Sumiu a poesia
Só encontro a prosa
Acabaram-se os odes e os sonetos
Só ficou desordem

Foram embora as rimas
A métrica, os poetas
Voou rumo à Distante
A inspiração, o lirismo, a substância poética

É momento de reinventar-se
Fase de libertação
Borboleta em metamorfose
Sem casulo e direção

Pássaro errante, ovelha desgarrada
Estágio de silêncio
Do vinho, do óleo, da água
Reverberação

Etapa sorrateira
De medo e de coragem
Andanças desconhecidas, permissões, despedidas
Circunstâncias ambíguas e paradoxais
Tempos de tudo...

Ou nada.

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